terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Avatar bate Titanic


Tô eu linda e maravilhosa deitadinha na minha cama, quando recebo um torpedo do Fredão. O conteúdo? Depois de 12 anos, Titanic foi batido nas bilheterias pelo filme Avatar.

Pra mim é praticamente o fim de uma era!!! Ok, tô exagerando. Mas é que lembro do barulho que Titanic causou, das adolescentes que iam ver o filme sete, oito vezes, das reportagens de TV sobre a bilheteria e sobre a delícia chamada Leonardo Di Caprio.

Por mais que Avatar esteja gerando todo tipo de debate a respeito de imperialismo americano, ecologia, paz/guerra, efeitos especiais e tudo mais., ainda fico com aquela impressãozinha de que Titanic bombou muito mais.

Mas acho que num tô muito errada não. Como já argumentaram por aí, se for levado em conta a inflação, Titanic continua na frente.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Acabei de receber via twitter, da colega @jacypianes, um link para muitas, muitas fotos raras de uma galera famosa. Há imagens de cantores, escritores, modelos e atores. A que mais me surpreendeu foi esta aqui:




Reconheceu? É o George Clooney, my friend!! Tá aí a prova viva de que todo mundo tem uma chance nessa vida.

Confiram as outras fotos aqui.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes

Não li os livros de Arthur Conan Doyle, nos quais é baseado o filme. O que sei de Sherlock Holmes descobri a partir de textos de outras pessoas, então nem vou tecer comparações entre o detetive dos livros e o do filme. Prefiro destacar aqui o trabalho dos dois atores principais: Robert Downey Jr., como Sherlock, e Jude Law, como Sr. Watson. Cada um a sua maneira, os dois estão puro charme, extremamente atraentes (sou bastante sucetível aos dois, confesso). Robert passa inteligência, humor e virilidade (adoro!), e é responsável pelos momentos mais engraçados. Eenquanto Jude é a seriedade em pessoa, o racional da dupla.

Tenho que resumir um pouco a história aqui, mas vou logo avisando que entendi pouco dela. Sei que Sherlock tem que investigar o desaparecimento de um homem acusado de matar mulheres em rituais de magia negra. E tentar impedir que esse homem, que aparentemente é cheio dos poderes sobrenaturais, mate mais pessoas. Ele conta com a ajuda de seu amigo e companheiro de resiência o médico Sr. Watson, que está perto de se casar e com a intenção de desfazer a dupla.

A história é um pouquinho longa demais. Lá pela metade do filme perde-se muito tempo com o vilão que faz feitiçaria. Cheguei a dar uma piscada de olho dentro do cinema. Gostava mesmo quando apareciam as duas delícias citadas lá em cima. Os dois têm muita química juntos, gente.

Aliás, li um negócio interessante no blog da Lola a respeito disso. Ela observou que os pares femininos de Sherlock e Watson só existem para não deixar que nós, a platéia, pensemos (ou imaginemos) que os dois tenham mais do que uma profunda amizade. Evitar que saiamos do cinema com a mesma impressão deixada, por exemplo, pela dupla formada por Samwise Gamgee e Frodo Baggins em O Senhor dos Anéis. Se ideia deu certo, isso vai depender da interpretação de cada um.

Guy Ritchie é o responsável pela direção do filme. Quem já viu os trabalhos anteriores dele sabe que o homem é chegado numas brincadeiras com a montagem de seus filmes. Neste trabalho, percebemos isso em cenas como as em que Sherlock antevê quando e onde deve golpear seus adversários.

Sherlock Holmes está fazendo muito dinheiro por aí. De certa forma é merecido. O filme é engraçado, é dinâmico, apesar de pecar um pouco pelo excesso na metade do filme, mas isso a gente perdoa. Quem venha então a continuação.


Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Michael Robert Johnson, Anthony Peckham, Simon Kinberg
Elenco: Robert Downey Jr., Jude Law, Rachel McAdams, Mark Strong, Kelly Reilly



P.S: Ontem aconteceu a premiação do Globo de Ouro e meu amado Robert Downey Jr. levou o prêmio de melhor ator comédia pelo trabalho.



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Atividade Paranormal

Relutei bastante antes de decidir ver "Atividade Paranormal". Quem me conhece sabe dos meus probleminhas com coisas sobrenaturais. Mas minha curiosidade cinéfila se sobrepôs à minha alma medrosa, e lá fui eu (junto com a Tâmara, que se revelou mais medrosa que eu) assistir a este trabalho, do diretor Oren Peli, que tem gerado bastante boca a boca em torno dos sustos que arranca da platéia.

Filmado com poucos recursos, cerca de 15 mil dólares, e de forma a parecer uma "história real" (o que rendeu comparações ao filme "A Bruxa de Blair"), "Atividade Paranormal" mostra o casal Katie e Micah às voltas com acontecimentos estranhíssimos em sua casa. Micah, na tentativa de identificar o que causa tais acontecimentos, compra uma câmera e passa a filmar o que acontece no lar deles. O filme seria então uma compilação das imagens captadas por essa câmera.

No começo do filme, eu, e mais um número considerável de pessoas, ríamos em vários momentos; às vezes chegávamos a gargalhar. Mas não pense que isso acontecia por causa de cenas engraçadas. Ríamos de nervoso mesmo. A reação da platéia ao longo da projeção, aliás, era variada. Alguns emitiam grunhidos, outros tampavam os olhos, alguns riam ou então colocavam as mãos fechadas sobre as bobechas! Garanto que indiferente o povo não ficou.

Acho que o filme é bem sucedido na expectativa que desperta na gente, e que o mérito aí não é o susto em si, mas sim a expectativa, a impressão constante de que alguma coisa de ruim está pra acontecer. O filme é bastante eficiente ao incentivar esse medo crescente. As coisas não acontecem de uma vez. Se no começo a gente chega a ficar um tanto decepcionado (porta mexendo sozinha é meio batido, sabe) logo a gente percebe que a intenção era mesmo a de aumentar a intensidade das nossas reações conforme os acontecimentos se sucediam.

Apesar do tom realístico do filme algumas coisas ali são difíceis de engolir. Por que eles não acendem as luzes da casa quando o "sei lá o quê" se manifesta? Ou então por que simplesmente não saem dessa casa? Por mais que seja jogado o argumento de que a garota é que é perseguida, e não a casa que está amaldiçoada, eu não ia querer saber de ficar naquele lugar de jeito nenhum. Mas não, o casalzinho fica pra lá e pra cá, morrendo de medo, dentro de casa. Se fosse eu dormiria até na rua, ali é que eu não ficaria.

E, gente, nem sei se posso falar isso, mas aquela última cena, pra mim, acaba com o filme todo. É uma cena que, característicamente não tem nada a ver com o restante do projeto. (Vejam aqui quem estragou o final, mas, em contrapartida, bancou a distribuição do filme.)

Então façam assim, esqueçam aquele último momento (que a Tâmara, aliás, não viu porque tampou os olhos) e deliciem-se com a quase uma hora e meia de sustos anteriores.


Direção: Oren Peli
Roteiro: Oren Peli
Elenco: Katie Featherston, Micah Sloat

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Tinha Que Ser Você


"Tinha que Ser Você"
é um desperdício de premissa. Explicando: é bacana ver a história do despertar do amor entre duas pessoas já longe do padrão de juventude. Foge um pouco do arquétipo do “casal jovem” e atende a uma parcela do público, mais madura, carente de filmes com os quais possa se identificar. O problema é quando só a idade dos personagens parece fugir do lugar comum.

Dustin Hoffman e Emma Thompson vivem, respectivamente, o americano Harvey Shine e a inglesa Kate Walker. Ambos os personagens têm em comum a evidente solidão em que vivem e o sentimento de deslocamento quando em contato com outras pessoas. Isso fica um tanto evidente, no caso de Harvey, no reencontro dele com sua família, em Londres; e no caso dela, num “encontro às escuras”, idealizado por uma amiga, e que só serve para reafirmar o sentimento de desesperança na personagem.

O Harvey de Dustin Hoffman não chega a ser uma pessoa reticente ao envolvimento com outras pessoas. Na cena em que ele tenta estabelecer uma conversa com a moça sentada ao seu lado no avião, e que logo corta as expectativas dele, percebemos a vontade de Harvey de interagir. A questão é que ele parece ter perdido, ou nunca ter tido, o tato na relação com outros. Além disso, ele demonstra um evidente sentimento de inferioridade, tanto em relação à sua profissão, quanto quando, em certo momento, diz achar que constrangia sua filha e ex-mulher.

Já Emma Thompson vive uma mulher aparentemente forte, mas receosa de sofrer mais uma decepção em um novo relacionamento, e que convive com o controle exercido pela mãe (interpretada por Eileen Atkins), que a pressiona para que deixe de ser solteira.

Depois de sofrer alguns contratempos, tanto no trabalho quanto em família, Harvey conhece Kate no aeroporto onde ela trabalha, e inicia com ela uma conversa que pode ser a chance para os dois de se abrirem para a vida. Se no início, o encontro dos dois se dá de forma ríspida, logo a identificação entre eles trata de tornar forte a vontade dos dois de não perder a companhia do outro.

O filme lembra um pouco “Antes do Amanhecer”, de Richard Linklater, já que em ambas as histórias a base do despertar do romance entre os personagens é o diálogo, a conversa que se estende pelas ruas de uma cidade européia. Mas diferente do trabalho de Linklater, “Tinha que Ser Você” investe em clichês do gênero romance e em subtramas que só quebram o clima do filme. O que foi aquela cena da protagonista experimentando vestidos? É um recurso tão batido que chegou a dar uma certa vergoinha. E é uma pena ver a veterana Eileen Atkings sendo usada para uma personagem que poderia muito bem ser só mencionada no filme. A personagem dela funciona na obra quando é mostrado o quanto ela controla a vida da filha, Kate. Mas a subtrama dela com o vizinho poderia muito bem ter ficado de fora da projeção.

O diretor e também roteirista Joel Hopkins, em seu segundo trabalho, tem dois superatores em cena. Ele poderia ter sustentado muito bem o filme se tivesse focado inteiramente neles.


Direção: Joel Hopkins
Roteiro: Joel Hopkins
Elenco: Emma Thompson, Dustin Hoffman, Eileen Atkings, Kathy Baker



P.S: Tanto Hoffman quanto Emma foram indicados para o Globo de Ouro 2009 por suas atuações, na catergoria comédia ou musical.


sábado, 2 de janeiro de 2010

I'm calling you - Bagdad Café


Conheço a seguinte música há mais de 10 anos. Nunca dei muita importância pra ela, achava a melodia meio brega. Mas, depois de hoje, quando vi o filme do qual ela é tema, Bagdá Café, minha percepção mudou completamente. Mais poderosa é a interpretação da cantora Jevetta Steele.

Confiram a canção "I'm calling you".



Bagdad Café conta a história de duas mulheres, a partir do momento em que elas se separam de seus respectivos maridos e resolvem mudar o rumo de suas vidas.

A música "I'm calling you" concorreu ao Oscar de melhor canção em 1988 mas perdeu para "I've had the time of my life", canção tema do filme Dirty Dancing.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A Princesa e o Sapo



Confesso que esperava mais de "A Princesa e o Sapo". É o primeiro desenho da Disney com uma protagonista negra, o que por si só já seria um marco. Além disso, as imagens que circulavam há meses por aí prometiam um filme com um visual espledoroso, fascinante. Mas o que eu vi foi um trabalho que ficou a maior parte do tempo focado numa rã e num pântano sem graça.

Tiana, a protagonista, trabalha bastante, rala em dois empregos, não costuma sair com os amigos, para juntar dinheiro e conseguir abrir um restaurante, sonho do pai dela. Durante uma festa, na qual está trabalhando, ela encontra um prícipe que foi amaldiçoado por um feiticeiro vudu e que agora está na forma de um sapo. Para reverter o feitiço, o sapo/príncipe promete ajudá-la a realizar seu sonho caso ela lhe dê um beijo. Ela concorda mas, ao beijá-lo, se transforma em rã. A história então acompanha a busca dos dois para conquista a forma original.

Achei algumas coisa bacanas no trabalho do diretor dos diretores John Musker e Ron Clements. É legal mostrar uma protagonista trabalhadora, que não fica esperando um homem rico aparecer para resolver a vida dela. Às vezes Tiana, a protagonista, é um pouco chata com a obsessão pelo trabalho. Mas prefiro isso a mais uma heroína dependente.

Gostei também do fato de não haver competição feminina no filme. Há uma personagem, bastante surreal, é verdade, que é amiga da protagonista Tiana. A jovem é rica e bastante mimada, mas em momento algum ela tem uma atitude desdonhosa em relação à Tiana ou tenta enganar a amiga para atingir um objetivo. Caracetrísticas essas tão comuns (não só) em desenhos. O que eu menos queria ver agora era uma mulher querendo ferrar a outra por causa de um homem supostamente endinheirado.

Mas o que eu mais queria ter visto era a protagonista em sua forma humana. Sinceramente, não me desce passar quase duas horas assistindo ao romance de dois sapos. Sem contar que não faz a menor diferença pro filme a protagonista do filme ser negra ou não. Alguns podem argumentar que isso é bom, que não deve fazer diferença mesmo. Mas se era pra ser assim, por que fazer todo aquele marketing em cima dessa inédita característica?

Queria escrever alguma coisa sobre o vilão, o tal feiticeiro, mas como não lembro porque raios ele persegue tanto o príncipe prefiro nem comentar.

Ainda assim, foi bom voltar a ver um desenho feito de forma tradicional, já que, pelo menos pra mim, trabalhos feitos nesse sistema não têm a frieza ainda comum das animações digitais. Mas queria mais cenas na cidade de Nova Orleans, onde o desenho é ambientado. São as imagens mais belas de A Princesa e o Sapo.