Caí na besteira de deixar meu namorado escolher o filme no último fim de semana. Ele sempre reclama que os filmes que eu pego são “ruins”, “chatos” e que o “fazem dormir”. Pois bem, deixei com ele a responsabilidade de escolher o filme. Seguimos para casa com a obra “Contra Corrente” (do diretor David Gordon Green), sobre uma família composta por um pai e seus dois jovens filhos, uma criança e outro adolescente problemático (eles sempre são...), e que vivem isolados no interior de um lugar qualquer, até que são surpreendidos pela chegada do tio, que traz um sopro de liberdade, agitação e tensão (perigo?) para a família.
Botei o filme pra rolar, aconchegamo-nos e depois de cinco minutos escuto o já familiar som de um início de cochilo. Sim, ele dormiu. Decido continuar. Depois de mais de quarenta minutos do filme, e com meu namorado já muito além do cochilo, a única coisa que me anima a me manter assistindo a Contra Corrente, obra de fato entediante, é a frase escrita no início da produção dando conta que era baseada em fatos reais. Quem não resiste a um “fatos reais”? O filme, pelo menos, tinha os tudo de bom Dermot Mulroney e Josh Lucas. Mas, neste caso, a beleza deles é o que menos interessa ao filme.
Ajuda a tornar a produção entediante, as longas cenas do cotidiano da família, que, como já disse, vive num isolamento só. Além da moleza da história, algumas cenas (não sei nem dizer se) beiram ao clichê ou ao absurdo mesmo. Vejam minha comparação. Os jovens estão correndo do tio, e este, no maior estilo Jason Voorhees (aquele mesmo de Sexta-feira 13), caminhando alcança os sobrinhos. São passagens assim que me fazem perguntar se aquilo tudo é mesmo baseado em história real.
Eh, depois dessa, vamos apurar melhor nossas escolhas.
Leiam aqui um texto sobre esse filme, completamente diferente do que escrevi.
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